Há centenas de anos que o homem busca na natureza diferentes recursos para melhorar a qualidade da sua saúde, para garantir maior sobrevivência e também para aumentar sua expectativa de vida. Existem diversos estudos sendo realizados ao redor do mundo sobre o uso e as diferentes aplicações das plantas medicinais como recurso para a medicina tradicional, como é o caso de estudos feitos sobre o óleo de prímula.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não somente como a ausência de doenças ou de enfermidades, como muitas pessoas acreditam ser. Portanto, ter uma vida saudável significa unir vários fatores como estar bem fisicamente, mas também estar bem em outros aspectos da vida.
O Brasil era um país fundamentalmente rural até meados do século XX, trazendo para nossa cultura uma mistura de elementos étnicos devido aos diferentes imigrantes e povos que viviam aqui e que difundiram o conhecimento das plantas e das ervas locais, assim como suas diversas formas de utilização como possíveis recursos medicinais.
Na sociedade moderna, é possível se ver o aumento impressionante de problemas relacionados à má alimentação, ao sedentarismo e ao excesso de estresse, tais como as doenças cardiovasculares e até mesmo os diversos tipos de câncer. Por este motivo, os estudos relacionados aos benefícios das plantas e ervas cresceram consideravelmente nos últimos anos.
Sabe-se que é possível reduzir os índices de morte por acidentes cardiovasculares, por câncer, arteriosclerose, acidente vascular cerebral, entre outras doenças, melhorando-se os hábitos alimentares e buscando fazer uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes e alimentos que contenham gorduras saudáveis, como é o caso do óleo de prímula.
Atualmente, as plantas com finalidade medicinal e as preparações fitofarmacêuticas, além dos produtos naturais, representam um mercado enorme e que fatura bilhões de dólares todos os anos. Alguns estudos mostraram que em torno de 25% do faturamento da indústria farmacêutica brasileira é representada por medicamentos derivados de plantas, representando uma fatia bastante representativa.
O óleo de prímula é um dos exemplos de produtos à base de plantas que podem trazer melhorias significativas à saúde, podendo ser utilizado como um fitoterápico tendo finalidade profilática, curativa ou paliativa, já que este contém diversas propriedades funcionais e que podem aumentar o bem-estar físico e mental.
O que é o óleo de prímula?
A prímula é uma planta da espécie Oenothera bienni, que pertence à mesma família do salgueiro, sendo nativa da região da América do Norte, estando presente tanto no oriente do Canadá e quanto no nordeste dos Estados Unidos. Esta planta produz flores grandes e de cor amarela, com folhas largas e longas, possuindo caule robusto e podendo chegar a atingir 1 metro de altura. Esta planta foi levada para a Inglaterra no início do século XVII e seu cultivo também se espalhou para a Europa e para a Ásia.
O seu fruto contém diversas sementes que são utilizadas para se obter o óleo de prímula, um óleo vegetal rico em ácidos graxos poli-insaturados essenciais da família do ômega-3 e do ômega-6 como o ácido gama linolênico, o ácido alfa linolênico, o ácido linoleico, o ácido oleico, além dos ácidos palmítico e esteárico, trazendo diversos benefícios à saúde. O ácido linoleico é o ácido graxo essencial mais presente no óleo de prímula.
Os ácidos graxos essenciais do óleo de prímula são fundamentais para manutenção de uma boa saúde. Alguns estudos demonstraram que uma deficiência destes ácidos graxos essenciais pode resultar numa maior demanda de tempo para a coagulação sanguínea, prejudicando o sistema imunológico, causando diversos problemas de inflamação e até mesmo interferindo no funcionamento do sistema nervoso. Os esquimós, por exemplo, com sua alimentação baseada em peixes e frutos do mar, que são ricos em ácidos graxos poli-insaturados como o ômega-3 e ômega-6, têm baixo índice de problemas cardíacos.
Pra que serve o óleo de prímula
Óleo de prímula para TPM:
A utilização do óleo de prímula como coadjuvante no tratamento da síndrome pré-menstrual é uma das mais conhecidas. Diversos estudos demonstraram uma redução significativa dos sintomas como o inchaço, as cólicas, a irritabilidade, dor de cabeça, as mudanças de humor, cansaço, estresse, entre diversos outros, em, aproximadamente, 60% das mulheres no final de três meses de utilização. Isto acontece, pois ele auxilia na estabilização dos níveis dos hormônios femininos (estrógeno e progesterona), mantendo-os em níveis adequados.
Óleo de prímula para redução do colesterol:
Os ácidos graxos essenciais do óleo de prímula também auxiliam na redução dos níveis do colesterol ruim (LDL) e aumento dos níveis do colesterol bom (HDL), melhorando bastante o funcionamento do sistema circulatório, ajudando a prevenir diversos problemas cardiovasculares. As gorduras saudáveis também estimulam a regulação da produção de hormônios, auxiliam no crescimento e na regeneração celular, na regulação da pressão sanguínea, contribuindo para maior bem-estar físico e mental.
Óleo de prímula para pele:
Além de ser utilizado na indústria alimentícia, o óleo de prímula também possui aplicações na indústria cosmética, podendo ser utilizado na formulação de cremes, na produção de sabonetes e outros cosméticos, devido ao seu poder hidratante, auxiliando no tratamento da pele seca ou inflamada, pois os ácidos graxos essenciais possuem propriedades anti-inflamatórias.
Benefícios do óleo de prímula
O óleo de prímula pode ser utilizado para diversas finalidades, sendo um excelente suplemento alimentar rico em gorduras saudáveis (ácidos graxos essenciais) e um poderoso alimento funcional, auxiliando na prevenção e até mesmo no tratamento de muitas doenças como:
- A artrite reumatoide,
- A diabetes,
- A esclerose múltipla,
- Reduz os sintomas da síndrome pré-menstrual,
- Menopausa,
- Transtorno de déficit de atenção
- Hiperatividade
- Síndrome da fadiga crônica
- No tratamento da asma
- Tosse
- Distúrbios gastrointestinais, entre muitos outros.
Efeitos colaterais e contraindicações do óleo de prímula
Mesmo sendo utilizado para fins terapêuticos, é importante sempre se solicitar o acompanhamento de algum profissional da área de nutrição ou da área médica antes de se utilizar o óleo de prímula. Apesar de ser pouco comum, existem relatos de alguns efeitos colaterais em função do uso desta substância, tais como náusea, dor de cabeça, diarreia e dor de estômago.
Não é recomendada a utilização do produto para pessoas que sofram de distúrbios hemorrágicos, de problemas como a epilepsia ou a esquizofrenia, podendo haver interações com outros medicamentos. Também não é recomendado o uso do óleo de prímula em mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
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