Cientificamente chamado por larva migrans cutânea, o bicho geográfico, é causado quando há penetração de larvas, frutos de parasitas intestinais de gatos e cães, em contato com a pele do homem. A espécie de larva que ataca os cachorros são o Ancylostoma caninum e a responsável pelo ovos nos gatos é o Ancylostoma braziliense.
A doença que traz o nome popular da larva é gerada através de ovos por meios das fezes dos animais domésticos. Misturado com areia ou terra, o ovo se transforma em larvas e na primeira oportunidade se agarram na pele humana provocando a enfermidade.
Como a larva entra na pele, ela não se aprofunda para chegar no intestino, como acontece nos animais. Tentando atingir um ponto, ela caminha pela pele formando um túnel avermelhado. Geralmente o bicho geográfico surge nos pés e nádegas, formando múltiplas lesões ou em apenas um local. A coceira é um dos sintomas mais comuns.
Maiores incidências do bicho geográfico
Os países de clima tropical e subtropical, naturalmente as regiões litorâneas, estão mais propensas a ter as larvas em suas areias, tanques e parquinho. São lugares nos quais os animais costumam evacuar. Normalmente os bichos engolem os parasitas, a larva migrans, já adultos com algum alimento. No intestino, elas se reproduzem e liberam ovos que são soltos nos solos.
Os parasitas aproveitam as condições favoráveis do clima – umidade e calor – e viram larvas em apenas 24 horas, se tornando aptas em alguns dias para infectar.
Quando adentram na pele machucada do ser humano, eles logo se locomovem para o tecido subcutâneo. Ao se mexerem, o bicho geográfico forma rastros, bem parecidos com o desenho de um mapa, dando origem ao seu nome popular. Costas, nádegas, pés e mãos são as regiões que mais sofrem com as irritações, já que seus contatos com o solo são mais frequentes.
Sintomas do bicho geográfico
Além da coceira e do desenho que se formam na pele, o local atingindo pode apresentar inchaço e reações inflamatórias, especialmente no período da noite. Com os sintomas se intensificando, o indivíduo pode ter o sono alterado, levando a uma grande irritabilidade. Quanto mais a pessoa coçar, mais infecções podem surgir e quanto mais tempo com a larva no corpo, mais substâncias tóxicas elas eliminam, aumentando as alergias e muitas vezes provocando tosse e falta de ar.
Enquanto circula pelo corpo, a lesão pode aumentar em até um centímetro por dia, por isso o indicado é trata-la logo no começo.
O bicho geográfico morre naturalmente no organismo após 4 a 8 semanas de infecção. Recomenda-se procurar um médico para cortar a doença no início, pois assim como qualquer outro corpo estranho pode trazer complicações. Sem contar que com remédios certos é possível eliminar os sintomas e não sofrer com as coceiras.
Em algumas vezes o bicho geográfico pode ficar durante semanas adormecidos debaixo da pele e só apontar meses depois do contato com a larva. Confira abaixo alguns dos sintomas mais comuns relatados por pessoas que tiveram a doença:
- Coceira na pele, piorando à noite;
- Sensação constante de movimento por baixo da pele;
- Vermelhidão na pele formando um caminho tortuoso por onde a larva passa;
- E inchaço na pele.
Os animais contaminados podem apresentam infecções agudas, entre elas anemia e fadiga. Alguns podem desenvolver certa dificuldade para respirar. Quando o quadro se agrava, surgem as infecções crônicas: perda de peso, pelagem escassa, anorexia, lesões na pele e claudicação – insuficiência de circulação arterial nas partes inferiores.
Tratamento para bicho geográfico
Nada melhor que começar um tratamento se prevenindo.
- Evite andar descalços por locais com cães e gatos;
- Apanhe as fezes sempre para que ela não venha a contaminar o solo.
Os animais devem ser levados frequentemente ao veterinário, assim eles poderão ser tratados com remédios que combatam a larva e outros parasitas que possam trazer mais doenças a eles e para os seres humanos.
Para tratar o bicho geográfico, normalmente é indicado o uso de pomadas antibióticas por, aproximadamente, duas semanas, cerca de 3 a 4 vezes ao dia. Em casos mais extremos é necessário utilizar medicamentos via oral. Para as coceiras, é aconselhado fazer compressas de gelo nos locais. Nunca fure as lesões, pois pode aumentar a infecção. Consulte sempre um médico, ele saberá indicar o remédio certo para a gravidade da doença.
Tratamentos caseiros são usados há muitos e muitos anos e na maioria das vezes rende bons resultados, já que os produtos usados normalmente são naturais e não produzem efeitos colaterais. Aplicar gelo é um deles! Coloque o gelo durante 15 minutos sobre a região afetada. Deixe a pele voltar a temperatura normal e recoloque a compressa por mais 15 minutos, repetindo o processo por uma hora.
Tratamento com pomadas
Para os casos mais sérios, o médico irá indicar: Ivermectina, Albendazol e o Tiabendazol. O bicho geográfico sobrevive por até oito semanas no organismo. Usando medicamentos certos, além de eliminar os sintomas mais agressivos, é possível extinguir a larva com dez dias.
O tratamento com Tiabendazol é receitado para situações autolimitadas, no qual Tiabendazol 15% deve ser aplicado de 3 a 5 dias, duas vezes no dia. Como todo medicamento, ele pode apresentar efeitos colaterais como vertigens, náuseas, vômitos e dores de cabeça.
Albendazol é recomendado usar por três dias, podendo se prolongar em até sete. Os efeitos colaterais só são notados após muito tempo de uso, gerando febre, alopécia reversível (perda de pelos ou cabelos em uma determinada área) e elevação transitória das transaminases. Ele não é indicado para mulheres grávidas.
Lembrando que se a infestação atingir uma área muito grande, será necessário tratar a doença com vermífugos por via oral. No caso do Ivermectina, utilizado para tratar várias condições geradas por vermes e parasitas, ele causa a paralisação das musculaturas dos vermes, causando suas mortes. O corpo será encarregado de eliminar as larvas do organismo. As reações colaterais são leves e passageiras produzindo náuseas, constipação intestinal, diarreia e vômitos. No sistema nervoso, as causas relatadas foram vertigem, sonolência e tontura.
Os sinais da melhora do bicho geográfico se dão através da minimização dos sintomas, ou seja, quando há redução da coceira, vermelhidão, da sensação de que algo se move por baixo da pele e do inchaço.
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